
4.5 (2010-09-21)
Copyright © 2000 Geert Jansen
O KDE su é um interface gráfico para o comando UNIX® su.
Índice

Bem-vindo ao KDE su! O KDE su é uma interface gráfica para o comando Unix su, para o ambiente de trabalho K. Permite-lhe executar um programa como um utilizador diferente, fornecendo a senha desse utilizador. O KDE su é um programa sem privilégios e usa o su do sistema.
O KDE su tem uma função adicional: permite ao utilizador recordar as senhas. Se estiver a usar esta funcionalidade, necessita apenas de introduzir a senha uma vez para cada comando. Veja em “Guardar Senhas” para mais informações e uma análise à segurança.
Este programa pretende ser executado a partir da linha de comandos ou de ficheiros .desktop
. Embora seja pedida a senha do root
, usando uma janela gráfica, é considerada como sendo mais uma associação linha de comando <-> gráfica em vez de um puro programa gráfico.
Dado que o kdesu não está mais instalado em $(kde4-config --prefix)
/bin mas sim em kde4-config --path libexec
e, por isso, fora da sua Path
, terá de usar o comando $(kde4-config --path libexec)kdesu
para invocar o kdesu.

A utilização do KDE su é fácil. A sintaxe é a seguinte:
kdesu [-c
comando
] [-d
] [-f
ficheiro
] [-i
nome do ícone
] [-n
] [-p
prioridade
] [-r
] [-s
] [-t
] [-u
utilizador
] [--noignorebutton
] [--attach
ID
]
kdesu [Opções Genéricas do KDE] [Opções Genéricas do Qt]
As opções da linha de comandos são explicadas em baixo.
-c
comando
Isto indica o comando a ser executado como 'root'. Tem de ser passado um argumento. Assim se, por exemplo, quiser iniciar um novo gestor de ficheiros, iria introduzir na linha de comandos:
$(kde4-config --path libexec)kdesu
-c
Dolphin
-d
Mostra informações sobre a depuração.
-f
ficheiro
Esta opção permite um uso eficiente do KDE su em ficheiros
.desktop
. Isto diz ao KDE su para examinar o ficheiro indicado emficheiro
. Se este ficheiro puder ser alterado pelo utilizador actual, o KDE su irá executar o comando com esse utilizador. Se não puder ser alterado, o comando é executado com o utilizadorutilizador
(o 'root', por omissão).O
ficheiro
é avaliado da seguinte maneira: se oficheiro
começar com um/
, é tomado como um nome de ficheiro absoluto. De outra maneira, é tomado como o nome de um ficheiro de configuração global do KDE.-i
nome do ícone
Indique o ícone a usar na janela da senha. Poderá indicar apenas o nome, sem qualquer extensão.
Por exemplo, para executar o Konqueror como gestor de ficheiros e mostrar o ícone do Konqueror na janela da senha:
$(kde4-config --path libexec)kdesu
-i konqueror
-c "konqueror --profile filemanagement"
-n
Não memorizar a senha. Isto desactiva a opção "Guardar a senha" na janela correspondente.
-p
prioridade
Indica o valor da prioridade. A prioridade é um número qualquer entre 0 e 100, onde o 100 corresponde à prioridade máxima e o 0 à mínima. O valor por omissão é 50.
-r
Usa o escalonamento em tempo-real.
-s
Pára o servidor do 'kdesu'. Veja em “Guardar Senhas”.
-t
Permite enviar o resultado para o terminal. Isto desactiva a memorização de senhas. É largamente usado para efeitos de depuração; se você quiser executar uma aplicação no modo de consola, use o comando "su" normal.
-u
utilizador
Embora a utilização mais comum do KDE su seja correr um comando como super-utilizador, poderá indicar qualquer nome de utilizador e a senha apropriada.

O programa que executar irá correr com o utilizador 'root' e, geralmente, não terá autorização para aceder ao seu ecrã do X. O KDE su contorna isto, adicionando uma 'cookie' de autenticação para o seu ecrã, num ficheiro temporário .Xauthority
. Assim que o comando é terminado, o ficheiro é removido.
Se você não usar os 'cookies' do X, então estará por sua conta e risco. O KDE su irá detectar isto e não adicionará qualquer 'cookie', contudo dever-se-á certificar que é permitido ao 'root' aceder ao seu ecrã.

O KDE su usa o comando su do sistema para obter privilégios. Nesta secção, serão explicados os detalhes de como o KDE su faz isso.
Dado que algumas das implementações do su (isto é a da Red Hat®) não querem ler a senha a partir do stdin
, o KDE su cria um par PTY/TTY e executa o su com os seus descritores-padrão de ficheiros associados ao TTY.
Para executar o comando seleccionado pelo utilizador, em vez de uma linha de comandos interactiva, o KDE su usa o argumento -c
com o su. Este argumento é entendido por todas as linhas de comando conhecidas, por isso deve funcionar sem problemas. O su passa o argumento -c
para a linha de comandos de destino do utilizador, para que esta execute o programa. Um comando de exemplo: suroot -c
.programa
Em vez de executar o comando do utilizador directamente com o su, o KDE su executa uma pequena porção de programa chamada kdesu_stub. Esta porção (correndo com o utilizador de destino), pede alguma informação ao KDE su sobre o canal PTY/TTY (a parte do 'stdin' e 'stdout') e, a seguir, executa o programa do utilizador. A informação recebida é: o ecrã do X, uma 'cookie' de autenticação X (se disponível), o PATH
e o comando a executar. A razão porque é usada uma parte do programa é que a 'cookie' do X contém informação privada e, por conseguinte, não pode ser passada na linha de comandos.

Para o conforto do utilizador, o KDE su implementou a função “Guardar a senha”. Se estiver interessado em segurança, deverá ler este parágrafo.
Ao permitir que o KDE su guarde as senhas, abre um buraco (pequeno) na segurança do seu sistema. Obviamente, o KDE não permite que qualquer um use as senhas mas apenas o seu ID de utilizador mas, se isto for feito sem precauções, irá diminuir o nível de segurança do root
para um utilizador normal (como você próprio). Um 'hacker' que entrar na sua conta, obterá acesso de root
. O KDE su tenta prevenir isto. O esquema de segurança que usa é razoavelmente seguro e é explicado aqui.
O KDE su usa um servidor, chamado kdesud. O servidor espera num 'socket' UNIX em /tmp
por comandos. O modo de permissões do 'socket' é 0600, de maneira a que apenas o seu utilizador possa ligar-se a ele. Se a opção “Guardar a senha” estiver activada, o KDE su executa os comandos através deste servidor. Escreva o comando e a senha do root
, para que o 'socket' e o servidor executem o comando, usando o su, como descrito anteriormente. Depois disto, o comando e a senha não serão deitados fora. Em vez disso, são mantidas durante um espaço de tempo. Este é o tempo-limite do módulo de controlo. Se outro pedido para o mesmo comando chegar dentro deste período de tempo, o cliente não terá de fornecer a senha. Para não deixar que os 'hackers' entrem na sua conta, para roubar senhas do servidor (por exemplo, anexando um depurador), o servidor é instalado com 'set-group-id nogroup'. Isto deve fazer com que os utilizadores normais (incluindo você mesmo) não consigam obter senhas do processo kdesud. O servidor define ainda a variável de ambiente DISPLAY
, com o valor que tinha quando foi iniciado. A única coisa que um 'hacker' pode fazer é executar uma aplicação no seu ecrã.
Um ponto fraco neste esquema é que os programas que você executar não são escritos, provavelmente, tendo em mente a segurança (como os programas que definem um setuid root
). Isto significa que eles podem ter sobrecargas de 'buffers' ou outros problemas que um 'hacker' pode explorar.
O uso da função para guardar as senhas é um compromisso entre o conforto e a segurança. Será encorajado a pensar sobre isto e decidir por si mesmo, se quiser usar esta função ou não.

KDE su
Copyright 2000 Geert Jansen
O KDE su foi escrito por Geert Jansen. É baseado no KDE su versão 0.3 de Pietro Iglio. O Pietro e eu acordámos que eu faria a manutenção deste programa no futuro.
O autor pode ser contactado através do e-mail em (g.t.jansen AT stud.tue.nl)
. Por favor relate quaisquer erros que encontrar, de maneira a que eu os possa arranjar. Se tiver uma sugestão, sinta-se à vontade para me contactar.
Tradução de José Nuno Pires (zepires AT gmail.com)
A documentação está licenciada ao abrigo da GNU Free Documentation License.
Este programa está licenciado ao abrigo da Artistic License.